Histórico

O Projeto Integração Família – Rede Socioeducativa teve início no ano de 2015, com o objetivo de integrar as famílias de origem imigrante no território do centro de São Paulo.

Financiado pelo FUMCAD (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente), o Projeto integra as ações do Programa Cidades Educadoras, da Associação Cidade Escola Aprendiz, que desde 1997 atua por meio da perspectiva do Bairro-escola, uma tecnologia social que aponta a importância do território nos processos de aprendizagem de todas as pessoas.

Primeiros passos: conhecer é importante

Baseado nesse conceito, o Projeto Integração iniciou suas ações com um mapeamento simples da região central de São Paulo, tendo como ponto central duas escolas de ensino infantil, EMEI João Theodoro (situada no Bom Retiro) e EMEI Antonio Figueiredo Amaral (na Barra Funda). Desse modo, foi realizado um mapeamento utilizando a ferramenta do GoogleMaps, que permitiu ver quais eram as outras unidades escolares ao redor daquelas, assim como os os equipamentos culturais distribuídos pelo território, como museus, salas de teatro e oficinas, assim como os equipamentos e serviços socais presentes no espaço.

O objetivo deste mapeamento inicial foi entender também quais eram os principais atores do bairro, as redes  presentes na região, como se articulavam entre si e como a questão da migração aparecia nesses locais.

Escola: agente de transformação social 

Em meados do primeiro semestre de 2016, a equipe do projeto fechou uma parceria com a DRE (Diretoria Regional de Ensino) do Ipiranga, responsável pelas duas unidades escolares citadas acima. Assim, foi possível iniciar um processo de formação junto às educadoras das duas escolas, no intuito de entender, inicialmente, qual era a bagagem que já traziam sobre o tema e quais eram as outras questões que poderiam ser aprofundadas junto a elas.

Como compreendemos que cada escola possui uma dinâmica diferente, para cada uma delas foram adotadas distintas estratégias. Na EMEI João Theodoro optou-se por trabalhar um projeto que desenvolvesse a memória e identidade das educadoras e, posteriormente, foi realizado o mesmo processo com as crianças e seus familiares.

Já na EMEI Antonio Figueiredo Amaral, que já havia realizado pesquisas sobre a questão migratória, optou-se em realizar atividades envolvendo as famílias das crianças presentes na escola, para estreitar os laços afetivos que já haviam sido criados entre eles.

Ambos os processos podem ser verificados na íntegra na seção Escola: agente de transformação social, onde estão disponíveis as metodologias, dinâmicas, oficinas e estratégias utilizadas pelo projeto em cada uma das escolas.

Território: potenciais educativos da comunidade

Assim como a escola é um importante ator no processo de ensino-aprendizagem, o território por si só também se apresenta como parte importante desse processo. Entendemos que para educar uma criança é importante que toda a comunidade esteja envolvida. Pois a criança que está na escola é a mesma que utiliza os serviços de saúde ou assistência social, vai ao parque ou praça do bairro e frequenta os espaços culturais presentes no território.

Por isso, o projeto procurou, desde seu início, se aproximar das redes e movimentos sociais que compõem os bairros onde atua e como eles podem se relacionar com a escola e, assim, também colaborar na educação de todas as crianças, principalmente as imigrantes.