Negros e indígenas vivem em uma sociedade que se forja a partir de critérios raciais, impondo forte influência sobre os corpos, sujeitos e territórios.

Reconhecer como os saberes étnico-raciais se manifestam significa, ao mesmo tempo, compreender como os processos de silenciamento, apagamento e violência foram moldando o que se conhece sobre essas culturas nos territórios.

Visibilizar e valorizar os diferentes modos de ser e fazer, histórias, narrativas, tradições, expressões, costumes, valores e conhecimentos dos povos originários e da população afro-brasileira é, portanto, fundamental para reconhecer a contribuição das mesmas à formação da sociedade brasileira.

Esse ainda é um desafio a ser enfrentado pelas escolas no Brasil, não apenas porque os corpos negros estão ali – quer a escola os reconheça ou não -, mas também porque os territórios negros, comumente invisibilizados, são espaços de potencial pedagógico a serem explorados.

Percursos formativos e de itinerância pela cidade podem contribuir para a identificação desses saberes: conhecer pontos urbanos de resistência, identificar personagens históricos negros e indígenas, mapear manifestações artísticas provenientes dessas culturas são alguns exemplos.

Discussões sobre racismo, identidade, lugar de fala, ancestralidade e memória, entre outros, são ferramentas potentes para a construção de práticas alinhadas a essa visão.

PERGUNTAS DISPARADORAS

  • Quais os bairros de tradição negra em sua cidade?
  • O que a história oficial não conta sobre a ancestralidade de seus estudantes?
  • Quem representa os ideais éticos dos alunos: são homens, mulheres, brancos, negros, indígenas?
  • Como o território de minha escola ou cidade pode contribuir para a construção de identidades de seus educandos?
  • Como essas identidades são expostas e argumentadas por eles? São elaboradas noções racializadas? Como problematizar essas percepções?
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